Budapeste: A realidade invisível


Máquina ao peito, música nos ouvidos. Andar pelas ruas sem destino à procura de momentos e poesia. O mundo como que implode à medida que encontro realidades invisíveis. Os olhos, muito abertos, misturam alienação e concentração. A premissa de um agora mistura-se com a ideia de um futuro que nos traz um gosto de passado no resultado final.

Budapeste é propícia a estes devaneios, os mistérios à espreita em cada um dos distritos que dividem a cidade. Arquitecturas novas que se descobrem todos os dias, pessoas anónimas, expressões únicas, disposição particular de elementos que chamam a atenção, a luz que tolda o ambiente.

O senhor desta fotografia, ajudado pela sua bengala, despertou-me o olhar quando admirava a imponência Barroca da Igreja da Universidade situada na rua Papnövelde. Cansado, fazia uma pequena pausa na sua caminhada de minuto a minuto mas o tempo pertencia-lhe.